segunda-feira, 17 de outubro de 2011

#euescolhiopropos

Venho, nessa madrugada insossa, de escrita de carta para Ministro e incertezas sobre o possível ato de amanhã, explicar com mais calma pra quem não conhece o pró-pós, falar de sua composição e de, porque, enfim, escolhi militar neste espaço. Então, isso é um relato. Sintam-se à vontade pra debater.


O Pró-pós começou a se articular em 2007 – quando eu ainda não estava na Unicamp – composto por APGs principalmente das exatas e tecnológicas. Quando entrei no mestrado, havia rumores de que esse era um grupo do mal, que queria calar os estudantes ocupando os cargos administrativos e eram simples marionetes da Reitoria.


Um dia, O Vinícius, então RD do MDCC (Mestrado em Divulgação Científica e Cultural) veio procurar outros RDs do IEL para uma reunião com esse grupo. Fui eu lá com os dois pés atrás. Quando chego, encontro uma cartilha de “como montar uma APG”. Pensei “o que eu vim fazer aqui?”. Explico: até o momento, o CAL representa também a pós e a discussão levantada em 2009 sobre o tema decidiu manter a situação. Está na hora de rediscutirmos.


Com o passar das reuniões, percebi que os boatos eram fomentados por todo aquele preconceito de que “engenheiro não saca nada da sociedade”, o que pode até ser verdade em alguns casos, mas não nesse. São pessoas sérias, muito engajadas, que discutem abertamente e não impõem ideias. Não lembro de uma discussão sequer em que tenha sido necessário votar, porque sempre um cede um pouco daqui, outro dali, e a gente chega a um consenso.


É também um grupo não-sectarista. Podem chegar lá pra ajudar a construir alunos de APGs, Centros Acadêmicos que representem a Pós, RDs, qualquer aluno que esteja a par – ou queira estar a par – do que acontece na Unicamp e na pós brasileira. O grupo é apartidário – embora tenhamos membros filiados e com simpatias declaradas –, o que, pra mim, é um ganho enorme em termos de movimento estudantil. Ouso ainda dizer que é um grupo não-opressor, o que se poderia esperar de um composto principalmente por homens.


Nas IES por onde passei anteriormente, nunca me interessei muito pela militância. Isso porque as características de lá simplesmente não me atraíram. As formas de abordagem eram pouco eficientes e cristalizadas, os espaços de deliberação eram altamente partidarizados e muitas outras questões.


Esse é o Pró-Pós, do meu ponto de vista, e por isso #euescolhiopropos. Podemos ainda ser poucos e muito de que tentamos não deu muito certo, mas já tentamos muito e, acredito eu, bastante coisa está dando certo.


Como ando numa de paródias:

Vem pro Pró-Pós você também. Vem!

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